- São tumores benignos formados por fibras musculares lisas do útero com estroma de tecido conjuntivo
-Correspondem a 95% dos tumores benignos do trato genital superior
São fatores de risco:
- História familiar
- Menarca precoce (<10 anos)
- Nulíparas
- Idade reprodutiva (20-50 anos)
- Raça negra
- Tabagismo
- Dieta rica em carne vermelha
- Obesidade
- Alcolismo
- HAS
A etiopatogenia envolve níveis circulantes de estrogênio (principal fator do crescimento tumoral /estradiol), ação sinérgica do GH com o estrogênio, níveis circulantes de progesterona, influência genética, entre outros.
São tumores nodulares, que podem ser únicos ou múltipos, pequenos ou gigantes. São circuscritos, bem delimitados e pseudocapsulados. E podem ser pediculados ou sésseis.
- Quando há predomínio de tecido conjuntivo o tumor se apresenta mais endurecido e esbranquiçado.
- Quando há predomíno de tecido muscular o tumor se apresenta com consistência mais amolecida e de coloração rósea.
Classificação envolve dois fatores
- Porção uterina onde se encontra: Colo uterino, istmo, ou corpo uterino
- Posição relativa às camadas uterinas: subseroso (é o que menos provoca sintoma), intramural (hemorragia intrauterina) ou submucoso (hemorragia mais intensa)
Manifestações clínicas
Menos de 50% dos pacientes são sintomáticos
- Sangramento anormal (o mais associado é o mioma submucoso)
- Dor pélvica e dismenorréia ( devido isquemia e compressão de estruturas contíguas)
- Aumento do volume abdominal (miomas volumosos)
- Compressão genitourinária
- Corrimento vaginal
- Distúrbios intestinais
Diagnóstico
Clínico > anamnese + exame físico (toque bimanual)
Exames complementares:
- USG transvaginal ou transabdominal- é o mais acessível e importante
- Histeroscopia - é importante na avaliação do sangramento anormal, e permite indentificar nódulos submucosos ou intramurais. E é úlil no diagnóstico diferencial
- Histerossalpingografia - avaliação da permeabilidade tubária
- Videolaparoscopia - indicado nos casos de infertilidade ou outras afecções ginecológicas
- TC - pode ser útil no planejamento do tratamento e na suspeita de malignidade
- RNM - é o melhor exame para visualização e mensuração dos leiomiomas, mas apresenta alto custo. Sempre indicado quando se cogita tratamento conservador.
Diagnóstico diferencial: Pólipos endometriais, adenomiose, malformação uterina, neoplasia, entre outros.
Tratamento
> Nos casos assintomáticos não é necessário tratamento = Conduta expectante, exames clínicos periódicos + USG 3/3 ou 6/6 meses. E também esta indicada em pacientes pouco sintomáticas na perimenopausa, pois na menopausa há queda dos níveis de estrogênio e ocorre redução do tumor.
> Tratamento clínico tem como objetivo aliviar os sintomas, evitar complicações e permitir a conservação uterina.
- Análogos do GnRH são as drogas mais eficazes! Via intramuscular, subcutânea ou nasal. A longo prazo provoca dessensibilização dos receptores hipófisários, reduzindo a produção de gonadotrofinas e dos hormônios ovarianos - estado hipoestrogênico que permite a redução do tumor.
- Danazol e Gastrinona - derivados da 19 nortestosterona
- Inibidores da aromatase
- Anticoncepcionais orais
- Progestágenos (minipílulas, DIU e injetável)
- AINES
Tratamento cirúrgico
Definitivo: Histerectomia - é a preferida pois elimina a chance de recorrência dos sintomas provocados pelo mioma. É uma alternativa para casos muito sintomáticos não responsivos a outras terapias, miomas volumosos e quando não há interesse de preservação uterina.
Alternativos:
-Miomectomia - é uma opção para mulheres que ainda desejam gestar ou não querem retirar o útero, mas apresenta risco de novos miomas. Pode ser realizada por laparotomia, laparoscopia e por via vaginal/histeroscopia
-Miomectomia - é uma opção para mulheres que ainda desejam gestar ou não querem retirar o útero, mas apresenta risco de novos miomas. Pode ser realizada por laparotomia, laparoscopia e por via vaginal/histeroscopia
-Ablação endometrial - destruição do endométrio através de laser, balões térmicos, fluidos quentes, etc.
- Miólise - coagulação térmica videolaparoscópica ou crioablação do tecido miomatoso.
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